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A sua escola sabe se comunicar? Essa temática foi abordada pelo educador e diretor do Instituto Singularidades, Miguel Thompson, na palestra “Comunicação estratégica da escola em tempos de Whatsapp”.
Afinal, saber se comunicar é uma habilidade essencial para qualquer instituição. Nesse sentido, as redes sociais podem ser ferramentas relevantes para estabelecer e manter um vínculo entre a escola e os responsáveis pelos estudantes. Dessa forma, elas possibilitam um acompanhamento do que acontece em sala de aula e aproximam as famílias da instituição educacional.
Para saber mais sobre a relação entre escola e redes sociais, continue a leitura desse artigo!
Como se comunicar com os pais?
Há várias formas de se estabelecer a comunicação entre as escolas e os responsáveis, como acontece em reuniões bimestrais ou trimestrais. Além disso, também são enviados comunicados por e-mail e pelas redes sociais.
O especialista do Instituto Singularidades explicou, no último dia do Bett Brasil Educar, que é essencial que todos os canais e meios de comunicação estejam alinhados a fim de passar a mesma mensagem e reforçar os valores da instituição.
Segundo Miguel Thompson, “é fundamental que aquilo que a gente produz seja comunicado. A escola peca muito, porque nós temos muitos canais de comunicação e queremos comunicar o que a gente faz bem. Constantemente, produzimos um tipo de valor, um tipo de trabalho que a gente não estrutura em termos de comunicação integrada”.
Quais meios de comunicação a escola pode usar?
As escolas podem utilizar diversas ferramentas para se comunicar com pais, alunos e toda comunidade escolar. As plataformas mais utilizadas são:
redes sociais, como WhatsApp, Facebook e Instagram;
e-mail;
comunicados impressos ou desenvolvidos internamente distribuídos perto da escola, como portão da instituição, mercados e comércios;
cartazes e murais expostos no ambiente escolar;
comunicados na agenda física do aluno;
jornais interativos;
podcasts;
blogs com conteúdos produzidos pela escola e pelos próprios estudantes;
Quais são as vantagens e as desvantagens do uso das redes sociais para a escola?
Uma das vantagens da relação entre escola e redes sociais é a capacidade de alcançar instantaneamente pessoas de qualquer lugar do mundo. Isso pode ser especialmente útil para otimizar a comunicação com os pais, facilitando o compartilhamento de informações importantes e seu envolvimento no processo educacional.
As redes sociais ainda podem ser utilizadas para criar fóruns de discussão, nos quais os participantes podem trocar ideias e informações. Elas também permitem a criação de grupos colaborativos, nos quais todos podem compartilhar recursos e dados.
Entre as desvantagens está a exposição a possíveis informações falsas, cuja propagação deve ser combatida. Além disso, é preciso ter em mente que o uso excessivo das redes sociais pode distrair os alunos e prejudicar o seu desempenho acadêmico.
Esse fator deve ser trabalhado pela escola e comunicado aos responsáveis para que tenham consciência de que mesmo o acesso às redes da instituição de ensino deve ser controlado.
Ter uma comunicação integrada é fundamental
Estabelecer comunicação integrada é, justamente, saber transmitir a mesma mensagem de forma adaptada em cada canal de comunicação. “A comunicação tem que fazer com que o ruído que corre por aí se transforme em sentido”, explica o especialista.
Antes de tudo, é preciso que educadores e gestores escolares tenham em mente o que eles querem comunicar. Para isso, Miguel Thompson afirma que é preciso saber exatamente o propósito da instituição.
Ele diz: “Qual é o nosso propósito enquanto escola, enquanto educadores? Essa é a nossa força! É colocar o aluno na melhor universidade? Formar um cidadão? Ajudá-lo no autoconhecimento? Formar especialistas? Contribuir para a sociedade? Para que existe essa escola? Você sabe o propósito da sua escola?”.
Uma vez respondida essa pergunta, está estabelecido o ponto de partida. “É isso o que a gente tem que comunicar cotidianamente”. Se, por exemplo, o objetivo da escola é formar cidadãos letrados e críticos, tudo o que for feito nela precisa levar esse objetivo em conta.
“A partir disso, tudo tem que impregnar o seu projeto educativo. As comunicações feitas para os pais, o Projeto Político Pedagógico, o planejamento, o plano de aula... O coordenador que olha o plano de aula tem que entender que vocês [professores] querem formar cidadãos ativos e o conjunto das aulas tem que trazer elementos de cidadão ativo”, explica Thompson.
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A importância da reunião de pais
Para além da relação entre a escola e as redes sociais, Thompson destaca a reunião de pais, mesmo que realizada como um evento online, como um grande momento de interação para reforçar os valores e afirma que, para isso, é preciso planejamento.
Sendo assim, antes da reunião, gestores escolares, professores e coordenadores devem desenvolver uma pauta que de alguma forma defenda os valores da instituição ao invés de repassar informações que poderiam ser enviadas por e-mail ou pelas próprias redes sociais.
Já no que diz respeito a questões ambíguas e polêmicas, é preciso que a escola se comunique, chame a comunidade escolar para debate e se posicione de uma forma transparente.
Thompson explica que a reunião de pais pode ajudar não apenas na comunicação com os pais que estão presentes naquele momento, mas também posteriormente, com reforço das informações nas redes sociais: “Reunião de pais é o momento mais importante, é o momento de esclarecer os boatos que acontecem no portão da escola”.
“No buffet infantil, você não tem o menor controle do que vai ser comentado, mas na reunião de pais, é você quem define a pauta. Muitas vezes, a gente tenta fugir desses assuntos na reunião de pais e é deles que a gente tem que falar. Se você explicar bem para os pais, contar o que aconteceu, esses pais é que vão fazer a sua defesa”.
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