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Embora a passos lentos, finalmente vemos uma mudança estrutural na educação brasileira. Desde o início da aplicação do Enem, educadores passaram a discutir de modo mais aprofundado o tema das competências.Porém, é provável que o esforço recente para a implementação da BNCC oficialize de modo mais contundente as mudanças nos currículos. Quer entender o que muda, de fato, nas escolas? Então, não perca este artigo!
Os objetivos da implementação de BNCC
A propaganda oficial do governo afirma que a criação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) tem por objetivo reduzir as diferenças entre o ensino público e privado no Brasil. Sabemos que, infelizmente, existe uma discrepância entre o desempenho de estudantes desses dois sistemas, exceto em alguns casos bastante pontuais.
Porém, ao analisar a proposta da BNCC, percebe-se que ela permite fazer mais do que isso. Suas diretrizes, se bem aplicadas, ressignificam o papel dos conteúdos na escola. Dessa forma, a Base promove uma maior qualidade não só do compartilhamento do conhecimento, mas especialmente no fato de que o conteúdo deixa de ser um fim de si mesmo e se torna um meio para desenvolver competências.
Como já falamos, desde a criação do Enem os educadores tentam se aprofundar no estudo das competências. Entretanto, talvez a forma como esse tema veio à tona no Brasil não tenha sido a mais eficaz. Afinal, primeiro elas foram usadas como o conceito central de uma avaliação nacional para, muito tempo depois, terem uma sistematização que permita uma aplicação coerente em sala de aula.