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Convidamos Januária Alves, Flávia Oliveira e Daniela Machado para um papo sobre educação midiática e desinformação. Confira os principais pontos da mesa "Educação Midiática: formando alunos críticos na era das fake news", que aconteceu no congresso digital online para educadores, Conversas que Transformam!
O que é Educação Midiática?
Antes de tudo, vivemos numa era digital. Nesse sentido, as tecnologias estão presentes em quase todo o nosso cotidiano, inclusive na comunicação. Diariamente, somos bombardeados por mensagens, vídeos e memes sobre os mais variados assuntos. No entanto, nem toda informação que recebemos é confiável.
Ao contrário do que se pode pensar, crianças e adolescentes não estão fora dessa. Estima-se que 89% das crianças e adolescentes com idades entre 9 a 17 anos sejam usuários de internet no Brasil, de acordo com a pesquisa TIC Kids Online Brasil, 2019.Entretanto, a saída não é romper essa relação, mas sim mediar a interação e é disso que se trata a educação midiática.
Dessa forma, a ideia é compreender como a relação entre estudante e internet acontece. Educadores, assim como pais, devem estimular a leitura crítica dos conteúdos digitais nos jovens leitores, e não proibi-la, comenta Januária Alves.
Contudo, não devemos tratar a alfabetização midiática como uma disciplina escolar. Segundo as convidadas, o ideal é que o assunto esteja presente em todas as disciplinas. Os educadores devem estimular os estudantes a uma leitura crítica e reflexiva de todo material, assim como previsto pelas competências da BNCC.
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Como utilizar a educação midiática para combater a desinformação em sala de aula?
A Educação Midiática ainda gera bastante dúvidas entre educadores. Não sabe por onde começar? Seguem algumas dicas:
- Estimule a criticidade em seus alunos
Durante todo o papo, uma questão foi reiterada, a leitura crítica precisa ser estimulada. Os educadores devem atuar como guias, instigando os alunos a curiosidade e a reflexão de todo material que recebem, não somente textual.
- Leve a internet para dentro da sala de aula
A leitura não está somente nos livros, a formação leitora deverá preparar os estudantes para uma pluriliteracia, isto é, para uma diversidade de linguagens. Portanto, busque levar outros materiais para sala de aula, como podcasts e vídeos.
- Avalie sua postura como cidadão digital
É fundamental que o professor também reveja sua postura digital. Como é que você está se informando? Quais são suas fontes? O educador precisa se colocar no lugar de leitor também.
- Valorize o trabalho dos jornalistas profissionais
Professores e jornalistas, a sua maneira, possuem o importante papel de combater a desinformação, aponta Flávia Oliveira. O jornalismo profissional é aliado dos professores. Nesse sentido, o ideal é que os educadores busquem sempre levar conteúdos de fontes confiáveis e sérias. Sites de checagem de fatos como o Aos Fatos e Agência Lupa podem ser excelentes ferramentas.
Confira a conversa na íntegra no vídeo abaixo: