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Rotatividade de professores: como evitar na sua escola
Rotatividade de professores: como evitar na sua escola
Gestor, hoje trazemos dicas práticas para você manter a sua equipe docente motivada, prevenindo, assim, a rotatividade de professores em sua escola. Confira:
A rotatividade docente: alguns dados do cenário brasileiro
Uma pesquisa da Universidade Federal do Paraná analisou dados da rotatividade de professores na educação básica brasileira, do período de 2007 a 2016. A pesquisa apresenta resultados de diferentes regiões, do setor público e privado da educação.
No período analisado, 80% dos professores que saíram de suas escolas deixaram o mercado docente. Além disso, menos de 40% permaneceram na profissão após cinco anos de início na docência.
Destacam-se os valores mais baixos de rotatividade nas escolas privadas. Entre as conclusões, também destacam-se uma taxa de saída maior nas escolas públicas em todos os anos considerados.
A questão da rotatividade de professores ainda é pouco estudada no Brasil, apesar da grande relevância da temática. De acordo com o estudo de Carvalho, um índice divulgado pelo INEP em 2017 indica uma grande instabilidade na permanência docente nas escolas.
Conforme a pesquisa, 50% das escolas analisadas estavam abaixo do limite considerado adequado pela instituição.
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A rotatividade de professores e os seus impactos
Diante desse cenário, é importante que a gestão escolar esteja atenta e trabalhe em prol da retenção do seu quadro docente. Estudos mostram que a rotatividade de professores em excesso tem um impacto negativo na aprendizagem dos estudantes.
É claro que, em casos pontuais, renovações no quadro docente podem ter efeitos positivos.
Segundo pesquisa, existem evidências de que a rotatividade de professores pode representar um desafio para a gestão da escola, impactando o seu funcionamento.
A problemática da rotatividade gera desperdícios de recursos financeiros, uma vez que exige recorrentes contratações e programas de treinamento de novos docentes.
Além disso, a prevalência de docentes sem experiência naquele contexto e comunidade escolar afeta diretamente a qualidade da educação ofertada.
Algumas consequências são dificuldades para cumprir o currículo e conteúdos programados, a descontinuidade de projetos específicos dentro da escola e demais ações pedagógicas. Tudo isso irá gerar uma instabilidade no processo de ensino, prejudicando a formação de crianças e jovens.
A rotatividade de professores, portanto, afeta a criação de vínculos entre professor, estudante e comunidade escolar. Quando um educador permanece em uma escola, é muito mais provável que os processos educativos se desenvolvam de forma mais fluida e engajadora.
Gestor, a seguir deixamos algumas dicas para você garantir que os professores de sua escola permaneçam integrados ao projeto pedagógico de sua instituição. Confira:
Mantenha a escuta ativa
A escuta ativa faz parte de uma gestão democrática. Para que o currículo e a proposta pedagógica da instituição estejam alinhados, é necessário que a gestão descentralize a administração. Para isso, é preciso ourvir verdadeiramente todos os envolvidos.
É importante que a gestão promova reuniões periódicas – individuais e coletivas – para ouvir os seus professores, mostrando-se empática às insatisfações e desafios.
Qual é o plano de carreira e benefícios trabalhistas para o corpo docente? Ouvir as sugestões para reformulações e futuras melhorias é vital, assim como compartilhar os detalhes dos contratos trabalhistas de modo transparente e acessível.
Quais ações são possíveis dentro do orçamento do ano letivo? Envolva os professores nas decisões: eles sabem melhor do que ninguém os desafios do cotidiano dos seus estudantes e podem apoiar na priorização!
Quando compartilhadas com os professores, as tomadas de decisão sobre os processos escolares serão muito mais assertivas. Além de terem um impacto maior na formação dos estudantes. Assim, uma gestão participativa pode trazer ótimos resultados para o trabalho pedagógico.
Promova a formação continuada
Os gestores e coordenadores pedagógicos são os principais responsáveis pela formação do professor. Além de buscar uma formação que irá contemplar as necessidades da escola, gestores devem fornecer condições para que a formação aconteça.
Alguns exemplos: abrir espaço na carga horária, garantir que os aprendizados sejam incorporados pela escola e incentivar que educadores e educadoras troquem constantemente.
Práticas de formação continuada possibilitam que os educadores se sintam confiantes e seguros em sua atuação e crescimento profissional. Além de apoiarem o desenvolvimento da prática pedagógica de cada um. Um ambiente de trabalho que estimula a constante reflexão e a ampliação de repertório individual e coletivo é indispensável.
Gestores podem e devem organizar palestras e cursos com especialistas na área da educação. Além disso, é possível construir pontes de diálogo com as universidades locais e criar oportunidades para a pesquisa docente. Uma dica bacana é compartilhar um questionário para entender as temáticas de preferência do seu quadro de professores.
Incentive a autonomia dos professores
Estimular a autonomia docente é fundamental para manter educadores e educadoras motivados. A Base Nacional Comum Curricular orienta os conteúdos programáticos e habilidades para toda a educação básica. Mas com muito espaço para que professores as abordem de modos criativos no ambiente escolar!
Em "Pedagogia da autonomia”, Paulo Freire fala sobre a importância de manter desperta a curiosidade de alunos e professores:
"Como professor devo saber que sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino. Exercer a minha curiosidade de forma correta é um direito que tenho como gente. (...) Com a curiosidade domesticada posso alcançar a memorização mecânica do perfil deste ou daquele objeto, mas não o aprendizado real ou o conhecimento cabal do objeto. A construção ou a produção do conhecimento do objeto implica o exercício da curiosidade..." (FREIRE, 1996)
Por isso, é importante que a gestão escolar se mantenha aberta para os projetos desenvolvidos pelos professores. Sempre com o cuidado de orientar os caminhos possíveis e reformulações necessárias, de acordo com a realidade da escola.
Incentivar a curiosidade, autonomia e liberdade de seus professores é fundamental para mantê-los em constante movimento e transformação. O resultado? Uma instituição de ensino ainda mais inovadora!
Apoie o trabalho colaborativo
Ainda que a autonomia de cada educador seja indispensável, é no trabalho coletivo que as ideias crescem e se multiplicam!
Estudos mostram que escolas com culturas colaborativas são mais inclusivas, apresentam menores taxas de evasão e formas mais efetivas de resolução de problemas. Além disso, são excelentes espaços de socialização de conhecimento e que estimulam a formação de uma identidade de grupo.
Um estudo da Universidade Federal de Pelotas conclui que atividades coletivas criam um ambiente rico em aprendizagens tanto para estudantes como para professores. Além de proporcionar aos últimos uma maior satisfação profissional.
Por isso, é importante que a gestão escolar apoie o trabalho colaborativo entre educadores de diferentes disciplinas.
Que tal organizar momentos de formação coletiva? Um clube do livro com a equipe de docentes pode ser uma ótima ideia. A leitura, sem dúvida, contribuirá para a formação continuada.
Ideias para projetos podem surgir e os vínculos entre colegas serão fortalecidos. Um ambiente com boas relações interpessoais e profissionais ajuda a prevenir a rotatividade de professores.
Invista nos espaços e recursos
Para manter a motivação, é essencial que as ferramentas de trabalho sejam adequadas e facilitem o trabalho diário do professor. Isso inclui desde salas de aula e espaços de convivência acolhedores a banheiros bem equipados.
Além disso, salas com materiais disponíveis certamente irão fazer com que o professor planeje as suas aulas com ainda mais criatividade!
Um outro ponto importante para a gestão é ponderar quais ferramentas de tecnologia educacional se encaixam na realidade de sua escola.
Convidar educadores e educadoras para selecionar quais plataformas educacionais podem ser úteis no cotidiano escolar é uma boa pedida! Não esquecendo, claro, que organizar momentos de formações periódicas para cada ferramenta irá estimular ainda mais o engajamento docente.
Gestor, espero que esse texto tenha ajudado você a pensar em novas maneiras de manter a sua equipe de docentes engajada e motivada. Leia também o nosso post “Frases de motivação para professores no conselho de classe” para uma dose de inspiração! Até a próxima!
A rotatividade de professores e os seus impactos
Diante desse cenário, é importante que a gestão escolar esteja atenta e trabalhe em prol da retenção do seu quadro docente. Estudos mostram que a rotatividade de professores em excesso tem um impacto negativo na aprendizagem dos estudantes.
É claro que, em casos pontuais, renovações no quadro docente podem ter efeitos positivos.
Segundo pesquisa, existem evidências de que a rotatividade de professores pode representar um desafio para a gestão da escola, impactando o seu funcionamento.
A problemática da rotatividade gera desperdícios de recursos financeiros, uma vez que exige recorrentes contratações e programas de treinamento de novos docentes.
Além disso, a prevalência de docentes sem experiência naquele contexto e comunidade escolar afeta diretamente a qualidade da educação ofertada.
Algumas consequências são dificuldades para cumprir o currículo e conteúdos programados, a descontinuidade de projetos específicos dentro da escola e demais ações pedagógicas. Tudo isso irá gerar uma instabilidade no processo de ensino, prejudicando a formação de crianças e jovens.
A rotatividade de professores, portanto, afeta a criação de vínculos entre professor, estudante e comunidade escolar. Quando um educador permanece em uma escola, é muito mais provável que os processos educativos se desenvolvam de forma mais fluida e engajadora.
Gestor, a seguir deixamos algumas dicas para você garantir que os professores de sua escola permaneçam integrados ao projeto pedagógico de sua instituição. Confira:
Mantenha a escuta ativa
A escuta ativa faz parte de uma gestão democrática. Para que o currículo e a proposta pedagógica da instituição estejam alinhados, é necessário que a gestão descentralize a administração. Para isso, é preciso ourvir verdadeiramente todos os envolvidos.
É importante que a gestão promova reuniões periódicas – individuais e coletivas – para ouvir os seus professores, mostrando-se empática às insatisfações e desafios.
Qual é o plano de carreira e benefícios trabalhistas para o corpo docente? Ouvir as sugestões para reformulações e futuras melhorias é vital, assim como compartilhar os detalhes dos contratos trabalhistas de modo transparente e acessível.
Quais ações são possíveis dentro do orçamento do ano letivo? Envolva os professores nas decisões: eles sabem melhor do que ninguém os desafios do cotidiano dos seus estudantes e podem apoiar na priorização!
Quando compartilhadas com os professores, as tomadas de decisão sobre os processos escolares serão muito mais assertivas. Além de terem um impacto maior na formação dos estudantes. Assim, uma gestão participativa pode trazer ótimos resultados para o trabalho pedagógico.
Promova a formação continuada
Os gestores e coordenadores pedagógicos são os principais responsáveis pela formação do professor. Além de buscar uma formação que irá contemplar as necessidades da escola, gestores devem fornecer condições para que a formação aconteça.
Alguns exemplos: abrir espaço na carga horária, garantir que os aprendizados sejam incorporados pela escola e incentivar que educadores e educadoras troquem constantemente.
Práticas de formação continuada possibilitam que os educadores se sintam confiantes e seguros em sua atuação e crescimento profissional. Além de apoiarem o desenvolvimento da prática pedagógica de cada um. Um ambiente de trabalho que estimula a constante reflexão e a ampliação de repertório individual e coletivo é indispensável.
Gestores podem e devem organizar palestras e cursos com especialistas na área da educação. Além disso, é possível construir pontes de diálogo com as universidades locais e criar oportunidades para a pesquisa docente. Uma dica bacana é compartilhar um questionário para entender as temáticas de preferência do seu quadro de professores.
Incentive a autonomia dos professores
Estimular a autonomia docente é fundamental para manter educadores e educadoras motivados. A Base Nacional Comum Curricular orienta os conteúdos programáticos e habilidades para toda a educação básica. Mas com muito espaço para que professores as abordem de modos criativos no ambiente escolar!
Em "Pedagogia da autonomia”, Paulo Freire fala sobre a importância de manter desperta a curiosidade de alunos e professores:
"Como professor devo saber que sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino. Exercer a minha curiosidade de forma correta é um direito que tenho como gente. (...) Com a curiosidade domesticada posso alcançar a memorização mecânica do perfil deste ou daquele objeto, mas não o aprendizado real ou o conhecimento cabal do objeto. A construção ou a produção do conhecimento do objeto implica o exercício da curiosidade..." (FREIRE, 1996)
Por isso, é importante que a gestão escolar se mantenha aberta para os projetos desenvolvidos pelos professores. Sempre com o cuidado de orientar os caminhos possíveis e reformulações necessárias, de acordo com a realidade da escola.
Incentivar a curiosidade, autonomia e liberdade de seus professores é fundamental para mantê-los em constante movimento e transformação. O resultado? Uma instituição de ensino ainda mais inovadora!
Apoie o trabalho colaborativo
Ainda que a autonomia de cada educador seja indispensável, é no trabalho coletivo que as ideias crescem e se multiplicam!
Estudos mostram que escolas com culturas colaborativas são mais inclusivas, apresentam menores taxas de evasão e formas mais efetivas de resolução de problemas. Além disso, são excelentes espaços de socialização de conhecimento e que estimulam a formação de uma identidade de grupo.
Um estudo da Universidade Federal de Pelotas conclui que atividades coletivas criam um ambiente rico em aprendizagens tanto para estudantes como para professores. Além de proporcionar aos últimos uma maior satisfação profissional.
Por isso, é importante que a gestão escolar apoie o trabalho colaborativo entre educadores de diferentes disciplinas.
Que tal organizar momentos de formação coletiva? Um clube do livro com a equipe de docentes pode ser uma ótima ideia. A leitura, sem dúvida, contribuirá para a formação continuada.
Ideias para projetos podem surgir e os vínculos entre colegas serão fortalecidos. Um ambiente com boas relações interpessoais e profissionais ajuda a prevenir a rotatividade de professores.
Invista nos espaços e recursos
Para manter a motivação, é essencial que as ferramentas de trabalho sejam adequadas e facilitem o trabalho diário do professor. Isso inclui desde salas de aula e espaços de convivência acolhedores a banheiros bem equipados.
Além disso, salas com materiais disponíveis certamente irão fazer com que o professor planeje as suas aulas com ainda mais criatividade!
Um outro ponto importante para a gestão é ponderar quais ferramentas de tecnologia educacional se encaixam na realidade de sua escola.
Convidar educadores e educadoras para selecionar quais plataformas educacionais podem ser úteis no cotidiano escolar é uma boa pedida! Não esquecendo, claro, que organizar momentos de formações periódicas para cada ferramenta irá estimular ainda mais o engajamento docente.
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