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Você sabe como os princípios da neuroeducação podem potencializar o processo de aprendizagem dos seus alunos? Hoje vamos abordar os pilares dessa área do conhecimento que vem revolucionando a educação e sua importância para os educadores.
Ao final do texto, você também vai encontrar dicas de como a leitura pode apoiar na construção e desenvolvimento da aprendizagem no seu cotidiano escolar.
O que é neuroeducação?
A neuroeducação ou neurodidática é uma área do conhecimento que nasceu entre os séculos XX e XXI. Um campo de estudo interdisciplinar que reúne a neurociência, a psicologia e a pedagogia, buscando construir um diálogo contínuo com o dia a dia da escola, articulando a pesquisa e a prática.
É importante esclarecer que o objetivo não é criar padrões de aprendizagem, mas entender como os cérebros respondem a estímulos e interações. Isso porque cada cérebro é único e, portanto, cada pessoa apresenta uma particularidade na forma de aprender.
A neuroeducação tem, então, o objetivo de compreender os processos cerebrais de aprendizagem e pensar - e repensar - as práticas pedagógicas que considerem esses processos cognitivos.
E, assim, poder proporcionar aos educadores, subsídios para a criação de metodologias educacionais mais eficientes e personalizadas.
Quais os benefícios da neuroeducação na aprendizagem?
Compreender como o cérebro armazena, interage com as memórias e faz conexões com outras informações, é fundamental para o educador que deseja alcançar resultados de aprendizagem mais significativos dos alunos.
Conhecer as diversas formas de apreender possibilita também que o educador elabore, pesquise, implemente e até mesmo repense suas aulas, dinâmicas, exercícios e avaliações.
O acesso ao conhecimento produzido pela neuroeducação pode transformar o modo como os alunos são apresentados aos conteúdos e como os assimilam.
Ao implementar metodologias diferenciadas que atendam à sua particularidade, os educadores podem ajudá-los a melhorar seu empenho, compreensão e expansão de conexões com outras memórias e aprendizados prévios.
Assim, o educador poderá acompanhar e estimular o interesse do estudante, explorando os caminhos mais motivadores para seu avanço escolar. Além de possibilitar uma experiência mais engajada e ativa com o objeto de conhecimento.
De acordo com um trabalho de pesquisa da Universidade do Rio Grande do Sul: “As neurociências e as metodologias utilizadas em sala de aula estão amplamente relacionadas. Conforme a metodologia utilizada, o encéfalo reage de maneiras diferentes.” Ou seja, de acordo com a metodologia escolhida, como, por exemplo, educandos mais ativos ou passivos diante da aprendizagem, ela pode ser mais ou menos eficaz.
Isso porque a neuroeducação proporciona conhecimentos para uma experiência engajada do estudante, sendo estimulado com abordagens que o chamem a atenção e o dialoguem com suas emoções. E, dessa forma, os torna sujeitos ativos, participativos e motivados em seus processos de aprendizagem.
Em resumo, o conhecimento trazido pela neuroeducação pode ajudar os estudantes a aprenderem com mais eficiência através do “aprender a aprender” e a organizarem suas ideias e formas de compartilhamento.
Quais os pilares da neuroeducação auxiliam no processo de aprendizagem?
Como foi dito anteriormente, para a neuroeducação, o aprendizado é mais significativo quando há envolvimento com o objeto, como experiências multissensoriais, que dialoguem diretamente com a memória e as emoções. Abaixo separamos alguns fundamentos da neuroeducação:
Plasticidade do cérebro
O cérebro é capaz de se adaptar e se transformar ao longo da vida. Isto é, a capacidade de reorganizar sua estrutura neural quando novas experiências são vivenciadas. Resultando em novas conexões cerebrais acionadas e estimuladas.
Neurônios espelhos
São os neurônios que possuem a capacidade de adotar a perspectiva de outra pessoa, analisar e imitar comportamentos. Além disso, são estimulados quando analisamos ou queremos prever nossas e outras ações.
Aprendizagem multissensorial
A aprendizagem não está ligada somente à memorização, mas às formas de interação com o conteúdo, às diversas maneiras em que somos expostos a ele. Ou seja, os níveis de aprendizagem variam de acordo com a abordagem (escuta, leitura, interação, etc) em que se apresenta o objeto de ensino.
Emoções
Quando o educando consegue se envolver emocionalmente com o objeto de ensino, a tendência é que a conexão seja mais profunda, gerando motivação e interesse. A atenção é focalizada e a aprendizagem acontece mais efetivamente.