Obs...
arvore-na-escola
Leitura e tecnologia podem ser grandes aliadas na formação leitora de crianças e jovens. Quer saber como? Acompanhe as práticas dos Semeadores de Leitura a seguir!
Os Semeadores de Leitura da Árvore
A Árvore acredita que a leitura nos une e a prática nos transforma. Por isso, criou o “Semeadores de Leitura”. Uma comunidade de educadores voltada para o compartilhamento de práticas e inspiração para quem exerce a nobre missão de formar leitores nas escolas.
No texto de hoje, vamos apresentar algumas das práticas que foram destaque na comunidade neste último mês. Elas unem o trabalho com a leitura à tecnologia, como forma inovadora de aproximar crianças e jovens do universo dos livros.
Leitura e tecnologia de mãos dadas na formação leitora
Sabemos que a leitura transcende idades e níveis de ensino, alimentando mentes curiosas e criativas. Já em relação à tecnologia, dos mais novinhos aos adolescentes, um interesse é praticamente unanimidade: o universo digital.
Por isso, nada mais interessante que combinar esses dois mundos para promover leitura, não é mesmo? Foi o que fez a Professora Cristiane Marassi, do Colégio Notre Dame Recreio no Rio de Janeiro/RJ, na proposta que compartilhou com a comunidade.
Ela utilizou a leitura do livro digital O gato, o rato e o pacto de paz, na Árvore Livros, como base para uma atividade de maquete artística com suas turmas.
Ao mergulhar nas páginas desse livro cativante, as crianças não apenas absorveram lições sobre respeito e escolhas, mas também aplicaram conceitos matemáticos, pois cada maquete deveria conter ao menos uma figura geométrica plana e outra não plana.
Cada grupo apresentou o seu trabalho e relacionou o livro com suas vivências.
Assim, transformaram suas maquetes em verdadeiras expressões criativas, através de um trabalho manual de muita dedicação,
A interseção entre tecnologia, através da leitura digital, artes e ciências provou ser uma abordagem enriquecedora que envolveu os alunos em uma aprendizagem significativa.
A aplicação do figital na educação
A atividade realizada pela professora Cristiane Marassi foi além da combinação entre leitura e tecnologia, ela explorou o “figital”. Esse conceito consiste em articular o físico e o digital para inovar em algum processo.
Na educação, a aplicação do figital oferece novos caminhos para a aprendizagem. O uso de tecnologias educacionais e outras ferramentas digitais pode viabilizar atividades mais dinâmicas, personalizadas e levar o ensino para além dos muros da escola!
Desbravando clássicos com uma abordagem moderna
Promover a leitura dos clássicos da Literatura muitas vezes pode ser um desafio para os educadores, na hora de incentivar os jovens a se conectarem com as obras. Para isso, a professora Neusa Helena, do SESC Três Lagoas/MS, usou a tecnologia como grande aliada e obteve muito sucesso!
A professora conectou a literatura clássica ao digital, envolvendo sua turma de 8º ano em um debate sobre O Alienista, de Machado de Assis, usando a versão do livro em quadrinhos.
Ao analisar personagens e temas, os leitores não apenas mergulharam na riqueza da obra, mas também se apropriaram da tecnologia para compartilhar suas ideias por meio do mural interativo no Padlet. Essa abordagem moderna mostrou que a literatura clássica pode ser igualmente cativante no século XXI.
Gostou? Confira o resultado deste trabalho AQUI.
Ampliando a experiência digital
O uso da tecnologia na prática compartilhada pela professora Neusa Helena vai além da leitura realizada no livro digital por meio do acervo da Árvore Livros, ela associou o aprofundamento da leitura ao painel interativo, uma opção que enriquece bastante a experiência também no ensino híbrido.
Tecnologias educacionais e outras ferramentas digitais - mesmo que não tenham sido necessariamente criadas para a educação - podem ser utilizadas em benefício da aprendizagem. Isso ajuda a tornar as aulas mais interativas e atrativas, além de promover o letramento digital.
Leitura e tecnologia a serviço do pensamento crítico
Além de promover o letramento digital, a combinação entre leitura e tecnologia contribui também para exercitar as habilidades de argumentação e oralidade. Essa foi a experiência proporcionada aos alunos na prática compartilhada pela Semeadora Marciani Ventura, do Salesiano Jardim Camburi - Serra/ES.
Ela introduziu a atividade do "júri simulado" ao trabalhar com Os Miseráveis, de Victor Hugo. Esse método envolveu os alunos em um debate dinâmico, com análise literária e aprofundamento. A proposta não apenas ajudou a desvendar as complexidades do enredo, mas também incentivaram o pensamento crítico.
Ao compartilhar a prática com a comunidade, o professor Semeador Plínio Rogenes (Colégio Vila Sul - João Pessoa/PB) também gostou da ideia e comentou:
“A ideia do júri é interessante mesmo para essa obra. Tanto que na minha experiência desenvolvemos uma encenação autoral: o julgamento de Javert. Há todo um debate sobre religiosidade e direitos humanos na obra. E esse personagem dá margem para isso.”
Associar diferentes formas de engajamento para ampliar o interesse pela leitura e torná-la mais significativa para os estudantes não precisa ser algo tão “fora da caixa” para ser inovador. Atividades simples, partindo de uma leitura digital, por exemplo, já podem tornar a experiência mais atrativa.
Gestor, gostou das práticas compartilhadas para levar mais leitura e tecnologia para a sua escola? Acesse também o nosso texto ”Livros e tecnologia” para saber mais sobre o tema. Até a próxima!