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leitura
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Mais um ano letivo se inicia e, como sempre, novos e antigos desafios para todos os envolvidos no espaço escolar. Nos últimos anos, parece cada vez mais comum entre educadores, principalmente do Ensino Fundamental, a preocupação com a formação de leitores ou, pelo menos, com a exigência da leitura na escola.
Os documentos que regulamentam a educação brasileira recorrentemente chamam atenção para a necessidade de trabalhar a leitura a partir da diversidade dos gêneros textuais e de textos literários de qualidade.
No entanto, ainda é uma missão sofrida fazer com que a oferta cada vez maior de livros literários, as diversas práticas de leitura organizadas em sala de aula, as visitas à biblioteca e tantos projetos de leitura encabeçados por professoras e professores apaixonados resultem em efetiva melhoria da compreensão leitora e da produção textual dos alunos.
Muitas das dificuldades encontradas nesse processo se dão principalmente porque a própria formação de leitura entre os profissionais é tão rasa quanto o é para a maior parte dos brasileiros.
Assim, professores e outros profissionais da área acabam sendo atraídos para ciladas como acreditar que oferecer uma grande quantidade de livros está acima da qualidade literária das obras em si, que há um tamanho específico de texto adequado para leitores iniciantes, que a literatura tem uma missão pedagógica e deve ensinar determinadas lições, que a simples exposição aos livros é suficiente para que os alunos tenham a dimensão da importância deles, entre outros.
Para abordar essa questão e contribuir para a o trabalho dos professores em suas tarefas de mediação de leitura, indicamos dois livros disponíveis na plataforma da Árvore de Livros que se voltam para o problema da leitura na escola, da mediação e da escolha dos textos literários indicados para a infância.
A literatura infantil na escola
Regina Zilberman Ed. Global
Uma das maiores pesquisadoras sobre literatura do país, Regina Zilberman neste livro se debruça sobre o problema da literatura infantil, geralmente pouco considerado pela Teoria Literária, discorre sobre a sua relação com o próprio conceito de infância, sobre como ela se desenvolveu, sua exploração em sala de aula e os muitos equívocos cometidos por quem se aventura na área.
Leitura na sala de aula
Sánchez Miguel,Emilio, García Pérez,José Ricardo, Pardo, Javier RosalesEd. Penso
Mais didático, “Leitura na sala de aula” reflete sobre a grande quantidade de recursos educativos disponíveis para a promoção da leitura e a paradoxal escassa utilização desses recursos pelos docentes. Ao fim, os autores apresentam propostas para introduzir mudanças sustentáveis em sala de aula.
Os livros sugeridos podem contribuir para inflamar as discussões em torno do tema, mas nenhum deles apresenta verdades irrefutáveis ou oferece uma chave fácil para a solução de quaisquer impasses. No entanto, é importante perceber que não há mediação e formação de leitores sem muita leitura tanto de textos literários de qualidade quanto da teoria que envolve essa prática; como qualquer atividade da profissão de educador, demanda tempo, dedicação, tentativas e ajustes.
Mais que tudo, como é possível aprender pelos textos indicados, é preciso respeitar as preferências e habilidades dos estudantes, colocando-os como os sujeitos do processo que são.
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