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Sabemos que são muitos os desafios enfrentados por estudantes na escola e na vida. Uma forma de auxiliá-los ao longo dessa jornada é abordando a Educação Socioemocional.
No texto de hoje, você pode conferir:
em que consiste o trabalho com as competências socioemocionais na escola;
os diferenciais do Sentir, o programa de Educação Socioemocional desenvolvido pela Árvore em parceria com a Educa;
e os impactos do Sentir na rede Faria Brito.
Continue lendo para se inteirar sobre essa questão tão importante para a gestão escolar!
O que é a Educação Socioemocional?
A Educação Socioemocional é uma abordagem que ajuda os estudantes a lidar de forma saudável com suas emoções e a atuar pelo bem comum em suas interações com os outros.
Isso se dá por meio do entendimento da escola enquanto espaço de construção de uma Educação Integral, ou seja, para a cidadania.
É por esta razão que Zilda Del Prette (docente de Psicologia na UFSCar) destaca que a Educação Socioemocional perdura por todas as fases da vida e deve ser trabalhada de forma intencional e transversal nas escolas (p. 17).
Nesse sentido, podemos entendê-la como um esforço interdisciplinar conjunto de toda a comunidade escolar pela manutenção da saúde mental e de um bom clima organizacional.
Caso você atue em uma de nossas escolas parceiras, pode ler a obra da autora e muitas outras de formação continuada na Árvore!
Além disso, a BNCC prevê 10 competências gerais a serem estimuladas em todos os segmentos e componentes curriculares. Dentre tais competências, as que dialogam de maneira mais direta com a aprendizagem socioemocional são a 8, a 9 e a 10, que destacam:
a importância do cuidado com a saúde física e mental e o reconhecimento das emoções de si e das pessoas com as quais convivemos;
“a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação” com a coletividade (p. 19);
e a “autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação” (p. 19) na tomada de decisões.
Leia mais: Como avaliar as competências socioemocionais na escola?
Como funciona o Sentir, nosso programa de Educação Socioemocional?
O Sentir é uma jornada pedagógica resultante de uma parceria entre a Árvore e a Educa, por Rossandro Klinjey. Rossandro é psicólogo clínico e especialista em educação e em desenvolvimento humano.
Essa experiência pedagógica é inteiramente pensada para promover o bem-estar na escola e o reconhecimento das emoções e dos sentimentos. Ademais, incentiva a adoção de estratégias para lidar com os desafios do crescimento e do cotidiano.
O Sentir utiliza a leitura como fio condutor do aprendizado! O programa conta com:
materiais pedagógicos exclusivos desenvolvidos por Klinjey em diálogo com a leitura literária;
a Escola Parental, que é um programa com encontros formativos que auxiliam as famílias a lidar com os desafios emocionais do século XXI,
acesso à plataforma gamificada de aprendizagem da Árvore, com mais de 500 títulos sobre o tema e um acervo diversificado com mais de 50 mil livros e audiolivros que podem ser trabalhados de modo interdisciplinar para promover a Educação socioemocional;
a adequação à faixa etária de estudantes de todas as etapas escolares;
materiais e ferramentas para dinâmicas híbridas de aprendizagem, unindo o melhor do mundo digital ao chão da escola, promovendo o letramento digital e a leitura de mundo.
Como o programa Sentir impactou a rede Faria Brito
A rede Faria Brito foi a primeira a implementar o Sentir. Esse pioneirismo rendeu excelentes frutos. Confira-os abaixo.
Inovação do processo de ensino- aprendizagem
Juliana Brito, diretora pedagógica da rede, testemunhou o apoio do programa à inovação da escola: “O Sentir veio dar essa sacudida que era necessária.”
Essas mudanças, apontam os educadores e alunos, são intencionais. Não envolvem a tecnologia como um fim, e sim como um meio, com um propósito educacional bem delineado. Consequentemente, as atividades são significativas para todos os envolvidos no processo.
Selma Félix, orientadora educacional, também relata como se dá o dialogismo nas dinâmicas do programa e como isso beneficia os estudos: “A busca pela inovação não é só pelo encantamento do aluno. (...) É pra escola também se oxigenar. (...) São aulas que as crianças amam porque são aulas com liberdade, com discussão, com ouvir todo mundo.”
Engajamento das famílias
A parceria entre a escola e a família também é crucial para o amadurecimento emocional dos alunos. Daí o enfoque na Educação Parental para estreitar ainda mais esses laços.
Marina Bueno, mãe do Rafael e da Júlia, nos conta como esse pilar do Sentir a apoiou no incentivo ao tempo de tela saudável dos filhos:
“É muito bacana poder desviar esse uso sem medidas, esse uso indesejado da tela, pra um uso super desejado, pra um mundo ali na palma da mão. (...) Eu acho super bacana essa história da educação parental, esse cuidado que a escola tem com os pais também, eu acho fundamental pra formar esse indivíduo. Foi quando eu disse: ‘essa é a escola que eu quero para o meu filho.’”
A aluna Júlia (de 12 anos), por sua vez, explica que as atividades desenvolvidas para a resolução de conflitos na escola também ajudam na rotina de casa: “Eu tava esperando uma conversinha só uma vez por semana, mas eu acho que influenciou mais do que isso, sabe? Eu até pensei assim: acaba chegando em casa, né, o progresso.”
Integração ao currículo
É interessante notar, ainda, que o Sentir permitiu que a Educação Socioemocional fosse integrada ao currículo e ao projeto pedagógico da rede Faria Brito. Assim, enriqueceu o conteúdo programático que já era previsto pela instituição, sem sobrecarregar professores e alunos.
A professora Daniele Menezes salienta que o material do Sentir coloca competências acadêmicas e socioemocionais em pé de igualdade, ajudando as crianças e adolescentes a usar o conhecimento de modo ético e empático:
“Nós temos, além do material didático para trabalhar em sala, o livro. (...) As atividades são bem diversificadas. Eu acho que isso é o que torna a Árvore prazerosa para os alunos. E desta forma, quando você aprende a ver o outro, a ler o outro e a ler a si, você se torna o protagonista.”
Como bem pontua o aluno Henrique, de 11 anos, os temas trabalhados são transversais: “Você faz atividades práticas, uma aula fala sobre empatia, outra aula fala sobre controle, outra aula fala sobre ansiedade.”
Bem-estar dos alunos
Já os alunos, atores principais deste projeto de Educação Socioemocional, explicam as mudanças positivas que perceberam em seu comportamento, oratória e modo de enxergar suas vivências.
Olívia, de 9 anos, diz que hoje se sente mais à vontade para verbalizar como se sente e se comunicar de modo efetivo: “Eu fiquei mais social. Eu era muito tímida. Se fazia alguma coisa errada, que eu não gostava, eu me escondia num canto e fingia que nada aconteceu. Agora eu falo que eu não gostei.”
Nathália Lessa, professora, comenta como esse amadurecimento emocional pôde ser identificado na prática, em sala de aula:
“Aqui a gente conseguiu ver muitas melhoras, ao ponto de crianças que tinham ansiedade social para falar em público, sem amigos nenhum, que quando começavam a se expor e a escutar outros amigos, se sentiam confortáveis o suficiente pra falar delas.”
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