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O ano letivo é uma verdadeira montanha russa de emoções. Afinal, não é fácil construir uma Educação de excelência. No que se refere aos professores, as cobranças por bons resultados surgem de várias fontes: estudantes, famílias, sociedade.
Diante desse desafio, como o coordenador pedagógico pode auxiliar o corpo docente? No post de hoje, você entenderá:
quais são as atribuições do coordenador pedagógico e o papel desse profissional em facilitar o trabalho de professores;
estratégias práticas para auxiliar professores com dificuldades;
e as ações necessárias para desenhar planos de ação eficientes.
Vamos lá!
As funções do coordenador pedagógico e suas contribuições ao trabalho docente
Antes de tudo, é preciso entender o que cabe ou não no dia a dia de trabalho do coordenador pedagógico. O pesquisador Celso Vasconcellos (2010) é taxativo ao relembrar que coordenadores pedagógicos NÃO são:
fiscais de professores, vigiando e micro gerenciando suas tarefas para puní-los;
quebra-galhos generalistas, a serem sobrecarregados com demandas de, por exemplo, inspetores, enfermeiros e secretários.
A coordenação pedagógica pode e deve ser um elo de acolhimento de professores. Para construir essa ponte, a transparência administrativa, a comunicação horizontal e a postura assertiva são marcas de uma gestão democrática.
Heloísa Lück (2009), autora da série de livros Cadernos de Gestão (Editora Vozes), reitera que coordenadores competentes são aqueles que motivam talentos e conciliam as diferenças na equipe pedagógica.
Gestor, caso você atue em uma de nossas escolas parceiras, pode acessar e ler a coleção na íntegra na Árvore. Vale a pena!
Além disso, atribuições de coordenadores pedagógicos que impactam diretamente na rotina de trabalho de professores são:
a organização de reuniões periódicas produtivas com a equipe;
o registro, por escrito, de eventuais conflitos e dificuldades enfrentados pelos alunos;
a construção de estratégias para melhorar indicadores educacionais;
a observação crítica e empática de aulas, com devolutivas construtivas;
o estímulo e apoio ao planejamento de projetos interdisciplinares;
a organização de eventos formadores internos (como cursos, palestras e workshops);
e a comunicação objetiva, franca, coerente e ética com todos os agentes da comunidade escolar.
Tudo isso melhora consideravelmente o clima organizacional. Ademais, torna o ambiente de trabalho mais leve e produtivo.
Leia mais: Quais as funções do coordenador pedagógico na gestão escolar
Como o coordenador pedagógico pode auxiliar professores com dificuldades?
Mas, afinal, como agir ao verificar que há professores enfrentando dificuldades?
Primeiramente, tenha em mente que a prevenção é o melhor remédio para as dificuldades que surgem ao longo do ano letivo.
Por isso é crucial que a escola tenha valores, regras e um projeto político-pedagógico bem definidos. Esses documentos e diretrizes são o ponto de partida em momentos de crises e dificuldades.
Una forças à equipe para definir protocolos de ação para momentos desafiadores. Antes mesmo do início das aulas, a gestão deve saber como agir diante dos casos listados abaixo, tão comuns no chão da escola.
Situações de bullying ou violência entre os estudantes.
Demandas excessivas como reuniões, conselhos de classe e preenchimento de documentos.
Indisciplina e desrespeito durante as aulas e intervalos.
Atrasos e não-cumprimento das atividades didáticas passadas.
Surgimento de doenças ocupacionais comuns entre educadores, como burnout, inflamação das cordas vocais e questões ortopédicas.
Esse olhar cuidadoso permite um alinhamento de expectativas que facilita o dia a dia de trabalho para todos os envolvidos. Ademais, previne conflitos e mal-entendidos e leva a uma postura ágil para:
promover uma escuta ativa das dores do corpo docente, em um ambiente seguro, que incentive o compartilhamento de dificuldades;
intervir dialogando com alunos e famílias de modo empático e assertivo, reiterando sempre a necessidade de respeitar o próximo;
dosar a quantidade de tarefas burocráticas, mantendo somente as mais importantes (como o preenchimento do diário de classe);
se necessário, incentivar a cooperação com outros profissionais, como psicólogos e inspetores;
criar uma política eficiente de substituição temporária em caso de ausências;
solucionar problemas de infraestrutura, como defeitos em aparelhos eletrônicos, superlotação de salas de aula e a falta de materiais didáticos e de ventilação adequada;
apoiar a remuneração justa e proporcional à importância desses profissionais.
Continue lendo para conferir, também, passos práticos para implementar um plano de ação eficiente.
Plano de ação do coordenador pedagógico: 4 dicas práticas para ajudar o professor
Baseie suas decisões em dados
Um bom coordenador pedagógico é capaz de avaliar as necessidades da escola, identificando quais áreas requerem ajustes. Alguns dados indicadores de dificuldades são:
o percentual de frequência e absenteísmo dos alunos;
documentos de avaliação de desempenho qualitativo dos professores (com eventuais áreas a serem desenvolvidas);
indicadores socioeconômicos dos arredores da escola;
taxas de rotatividade de professores.
Somente com esse diagnóstico em mãos é possível decidir como agir para melhorar a escola e a rotina do corpo docente.
Defina critérios realistas de avaliação
Comunique de antemão o que o projeto pedagógico da escola prevê para as aulas.
Quais metodologias e filosofias educacionais são priorizadas na instituição?
Que aspectos são avaliados nas observações das aulas?
O que se espera que os professores sejam capazes de promover com as atividades mediadas?
Respondendo a esses questionamentos, você pode mensurar a performance dos colegas, avaliar resultados periodicamente e oferecer suporte, se for preciso.
Compartilhe boas práticas
Sempre que possível, celebre conquistas e incentive a troca de experiências entre os professores, promovendo um ambiente inspirador, que visa ao bem-estar do coletivo.
Muitas vezes, a troca de ideias e criação de projetos colaborativos entre as disciplinas alivia a carga de trabalho e rende momentos significativos de ensino e aprendizagem.
Invista em formação continuada
Ofereça formações continuadas específicas alinhadas às necessidades identificadas, capacitando os professores com habilidades relevantes para melhorar o ensino. Priorize temas relevantes para o cotidiano escolar.
Alguns assuntos que podem ser abordados são a usabilidade de plataformas digitais a serem implementadas e a reação rápida e correta a situações emergenciais, como manobras e encaminhamentos de primeiros-socorros.
Esperamos que esse post tenha te inspirado a criar planos de ação eficazes para ajudar professores. Vamos juntos promover uma Educação de qualidade!
E para se aprofundar ainda mais, leia também o nosso artigo Plano de ação escolar: o que é e passo a passo. Até a próxima!