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Como o coordenador pedagógico pode ajudar o professor?

Como o coordenador pedagógico pode ajudar o professor?

5 min

coordenador pedagógico pode auxiliar professores

O ano letivo é uma verdadeira montanha russa de emoções. Afinal, não é fácil construir uma Educação de excelência. No que se refere aos professores, as cobranças por bons resultados surgem de várias fontes: estudantes, famílias, sociedade.

Diante desse desafio, como o coordenador pedagógico pode auxiliar o corpo docente? No post de hoje, você entenderá:

  • quais são as atribuições do coordenador pedagógico e o papel desse profissional em facilitar o trabalho de professores;

  • estratégias práticas para auxiliar professores com dificuldades;

  • e as ações necessárias para desenhar planos de ação eficientes.

Vamos lá!

As funções do coordenador pedagógico e suas contribuições ao trabalho docente

Antes de tudo, é preciso entender o que cabe ou não no dia a dia de trabalho do coordenador pedagógico. O pesquisador Celso Vasconcellos (2010) é taxativo ao relembrar que coordenadores pedagógicos NÃO são:

  • fiscais de professores, vigiando e micro gerenciando suas tarefas para puní-los; 

  • quebra-galhos generalistas, a serem sobrecarregados com demandas de, por exemplo, inspetores, enfermeiros e secretários.

A coordenação pedagógica pode e deve ser um elo de acolhimento de professores. Para construir essa ponte, a transparência administrativa, a comunicação horizontal e a postura assertiva são marcas de uma gestão democrática.

Heloísa Lück (2009), autora da série de livros Cadernos de Gestão (Editora Vozes), reitera que coordenadores competentes são aqueles que motivam talentos e conciliam as diferenças na equipe pedagógica.

Gestor, caso você atue em uma de nossas escolas parceiras, pode acessar e ler a coleção na íntegra na Árvore. Vale a pena!

Além disso, atribuições de coordenadores pedagógicos que impactam diretamente na rotina de trabalho de professores são:

  • a organização de reuniões periódicas produtivas com a equipe;

  • o registro, por escrito, de eventuais conflitos e dificuldades enfrentados pelos alunos;

  • a construção de estratégias para melhorar indicadores educacionais;

  • a observação crítica e empática de aulas, com devolutivas construtivas;

  • o estímulo e apoio ao planejamento de projetos interdisciplinares;

  • a organização de eventos formadores internos (como cursos, palestras e workshops);

  • e a comunicação objetiva, franca, coerente e ética com todos os agentes da comunidade escolar.

Tudo isso melhora consideravelmente o clima organizacional. Ademais, torna o ambiente de trabalho mais leve e produtivo.

Leia mais: Quais as funções do coordenador pedagógico na gestão escolar

Como o coordenador pedagógico pode auxiliar professores com dificuldades?

Mas, afinal, como agir ao verificar que há professores enfrentando dificuldades?

Primeiramente, tenha em mente que a prevenção é o melhor remédio para as dificuldades que surgem ao longo do ano letivo. 

Por isso é crucial que a escola tenha valores, regras e um projeto político-pedagógico bem definidos. Esses documentos e diretrizes são o ponto de partida em momentos de crises e dificuldades.

Una forças à equipe para definir protocolos de ação para momentos desafiadores. Antes mesmo do início das aulas, a gestão deve saber como agir diante dos casos listados abaixo, tão comuns no chão da escola.

  • Situações de bullying ou violência entre os estudantes.

  • Demandas excessivas como reuniões, conselhos de classe e preenchimento de documentos. 

  • Indisciplina e desrespeito durante as aulas e intervalos.

  • Atrasos e não-cumprimento das atividades didáticas passadas.

  • Surgimento de doenças ocupacionais comuns entre educadores, como burnout, inflamação das cordas vocais e questões ortopédicas. 

Esse olhar cuidadoso permite um alinhamento de expectativas que facilita o dia a dia de trabalho para todos os envolvidos. Ademais, previne conflitos e mal-entendidos e leva a uma postura ágil para:

  • promover uma escuta ativa das dores do corpo docente, em um ambiente seguro, que incentive o compartilhamento de dificuldades;

  • intervir dialogando com alunos e famílias de modo empático e assertivo, reiterando sempre a necessidade de respeitar o próximo;

  • dosar a quantidade de tarefas burocráticas, mantendo somente as mais importantes (como o preenchimento do diário de classe);

  • se necessário, incentivar a cooperação com outros profissionais, como psicólogos e inspetores;

  • criar uma política eficiente de substituição temporária em caso de ausências;

  • solucionar problemas de infraestrutura, como defeitos em aparelhos eletrônicos, superlotação de salas de aula e a falta de materiais didáticos e de ventilação adequada;

  • apoiar a remuneração justa e proporcional à importância desses profissionais.

Continue lendo para conferir, também, passos práticos para implementar um plano de ação eficiente.

Plano de ação do coordenador pedagógico: 4 dicas práticas para ajudar o professor

  1. Baseie suas decisões em dados

Um bom coordenador pedagógico é capaz de avaliar as necessidades da escola, identificando quais áreas requerem ajustes. Alguns dados indicadores de dificuldades são:

  • o percentual de frequência e absenteísmo dos alunos;

  • documentos de avaliação de desempenho qualitativo dos professores (com eventuais áreas a serem desenvolvidas);

  • indicadores socioeconômicos dos arredores da escola;

  • taxas de rotatividade de professores.

Somente com esse diagnóstico em mãos é possível decidir como agir para melhorar a escola e a rotina do corpo docente.

  1. Defina critérios realistas de avaliação

Comunique de antemão o que o projeto pedagógico da escola prevê para as aulas.

  • Quais metodologias e filosofias educacionais são priorizadas na instituição? 

  • Que aspectos são avaliados nas observações das aulas? 

  • O que se espera que os professores sejam capazes de promover com as atividades mediadas?

Respondendo a esses questionamentos, você pode mensurar a performance dos colegas, avaliar resultados periodicamente e oferecer suporte, se for preciso. 

  1. Compartilhe boas práticas

Sempre que possível, celebre conquistas e incentive a troca de experiências entre os professores, promovendo um ambiente inspirador, que visa ao bem-estar do coletivo. 

Muitas vezes, a troca de ideias e criação de projetos colaborativos entre as disciplinas alivia a carga de trabalho e rende momentos significativos de ensino e aprendizagem.

  1. Invista em formação continuada

Ofereça formações continuadas específicas alinhadas às necessidades identificadas, capacitando os professores com habilidades relevantes para melhorar o ensino. Priorize temas relevantes para o cotidiano escolar. 

Alguns assuntos que podem ser abordados são a usabilidade de plataformas digitais a serem implementadas e a reação rápida e correta a situações emergenciais, como manobras e encaminhamentos de primeiros-socorros. 

Esperamos que esse post tenha te inspirado a criar planos de ação eficazes para ajudar professores. Vamos juntos promover uma Educação de qualidade!

E para se aprofundar ainda mais, leia também o nosso artigo Plano de ação escolar: o que é e passo a passo. Até a próxima!

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