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8 atividades de alfabetização para aplicar em sala de aula
8 atividades de alfabetização para aplicar em sala de aula
No texto de hoje, você vai encontrar oito dicas de atividades de alfabetização para tornar esse processo, tão importante na vida dos estudantes, um momento lúdico e contextualizado. São dicas simples e práticas pensadas para facilitar seu dia a dia e divertir os pequenos.
Trouxemos a pedagoga do nosso time de consultoria, Raquel Falcão, pesquisadora de formação de professores alfabetizadores e políticas nacionais na UFRRJ. Ela vai nos contar, a partir da sua perspectiva, como a alfabetização pode e deve ser um momento de autoria e exploração!
Quais as melhores atividades de alfabetização?
A alfabetização escolar é uma fase de redescoberta, é quando a criança se empodera e descobre novas maneiras de lidar com as práticas de linguagem que sempre estiveram presentes na sua vida.
Assim, o papel dos alfabetizadores e educadores é promover experiências qualitativas e significativas com a leitura e propor caminhos onde a criança perceba a importância da leitura para si.
O compromisso dos alfabetizadores deve ser, então, o de promover a autoria e autonomia. O que exige que esses momentos sejam planejados estrategicamente no currículo, pensando um trabalho contínuo para esta etapa.
Desse modo, não existem atividades que sejam melhores que as outras. Existem atividades de alfabetização mais adequadas para um determinado objetivo em mente.
Isso porque as atividades precisam estar alinhadas a uma intencionalidade pedagógica bem definida e ao repertório linguístico de cada criança.
Como trabalhar a alfabetização em sala de aula?
Para trabalhar a alfabetização é preciso ter em mente que alfabetizar é um exercício diário! E o processo se desenvolve no e com o contexto sociocultural de cada criança.
Por isso, é necessário que as práticas alfabetizadoras promovam situações de leitura com os mais variados contextos que cercam nosso cotidiano como: os livros, revistas, gibis, receitas, correspondências e etc.
É importante também que, nessa diversidade, sejam abordados todos os gêneros da escrita, como os informativos, os contos, os instrucionais, entre outros, para que as crianças se apropriem e criem sua autoria transitando entre diferentes contextos de leitura.
É importante achar o ponto de encontro entre o planejamento escolar e o repertório. Isto é, o conhecimento prévio das crianças, para então desenvolver as atividades que façam sentido para esse momento inicial de aprendizagem da língua escrita.
Principalmente porque as atividades escolhidas devem trazer sentido e ampliar o repertório de significações destas crianças, por meio da escrita.
Uma vez que não existe texto sem contexto, não existe aprendizagem autônoma da escrita desvinculada de sentido e interpretações produzidas pelo aluno-autor que está descobrindo sua escrita.
Por que usar jogos para alfabetização?
Os jogos e a gamificação são metodologias ativas que estimulam a inovação e a criatividade no processo de alfabetização. Trazem ainda uma dinâmica prazerosa e lúdica que chamam a atenção e cativam as crianças, tornando a aprendizagem leve e divertida.
São recursos potentes que geram engajamento e participação ativa da turma, com relação às atividades de alfabetização que estão sendo propostas.
Assim, os jogos e a gamificação podem ser usados na alfabetização principalmente porque tendem a estimular a experiência, a exploração e a curiosidade. De modo a deslocar o estudante a um papel de protagonista do seu aprendizado.
Uma vez que diversas habilidades e competências cognitivas e socioemocionais podem ser desenvolvidas no âmbito individual e coletivo da turma.
Agora conheça 8 atividades de alfabetização
Bingo de palavras
O bingo de palavras tem o propósito de fazer com que os estudantes explorem as palavras e a leitura. Em uma folha, destaque 20 palavras.
Em uma segunda folha, deixe apenas dez espaços para que eles escolham as que forem de sua preferência a fim de formar um cartão de bingo.
Depois, faça o sorteio. No primeiro momento, pode ser mais desafiador que as palavras sorteadas estejam em letra cursiva. O que vai estimulá-los a ler e associar as letras em suas várias possibilidades.
Para marcar as palavras sorteadas, os estudantes podem usar sementes de feijão ou pequenas bolinhas de papel.
Leitura compartilhada
Que tal reunir a turma em uma grande roda de leitura? Mas antes, nossa sugestão é fazer uma votação entre, pelo menos, três livros mais amados por eles.
Cada aluno deve ter o livro digital ou físico em mãos e cada um deve ter a oportunidade de ler um trecho da história.
Essa prática, além de possibilitar um exercício da oralidade, permitirá que você, educador, consiga perceber quais dimensões do processo de aprendizado da leitura, escrita e compreensão ainda precisam ser mais aprofundados.
Explorando histórias ou cantigas
A partir da leitura compartilhada, outras atividades de alfabetização podem ser desenvolvidas. O importante é criar conexões! Se a história foi sobre pássaros, por exemplo, você pode explorar as palavras dentro desse nicho: voar, asas, céu, árvore, etc.
Traga as características que a narrativa aborda no livro e peça que sejam colocadas em categorias.
Veja, se a história se passa em uma floresta, quais elementos devem ser colocados na categoria floresta? Além de trabalhar a leitura, oralidade e escrita, você, educador, também estará provocando a compreensão e interpretação textual.
Nuvem de palavras
É possível que haja diversas variantes dessa atividade! Mas a proposta aqui é trazer o contexto familiar para dentro da sala de aula, promovendo a reflexão sobre pessoas e objetos que fazem parte da vida dos estudantes.
Para iniciar, uma pergunta provocadora pode ser disparada, como: quais objetos vocês mais usam em casa?
Escreva partes dessas palavras no quadro, estimulando que cada aluno complete a palavra que citou. O mais importante é que, para além do desafio da proposta, o estudante se sinta apoiado pela turma, a fim de criar um ambiente acolhedor caso haja erros e dúvidas.
Explorando a sonoridade
Os textos de memória, cantigas de roda como “sapo cururu” e “borboletinha”, por exemplo, são boas opções quando consideramos a hipótese dos níveis de escrita pré-silábico e silábico.
Porque as crianças já os lêem antes mesmo de “ler” convencionalmente, criando suas próprias estratégias e antecipando o que pode estar escrito.
Por isso, as melodias, além de tornar o ambiente divertido e alegre, são ótimos recursos pensando no avanço da aprendizagem.
Então, peça para os alunos, em duplas ou grupos, que escrevam uma frase da cantiga para depois completá-la com as frases dos outros grupos.
Sempre nessa perspectiva de diálogo com a autoria da turma para a ampliação de repertório. Essa atividade pode servir para crianças da Educação Infantil ou do 1º ano do ensino fundamental que estejam passando pelo processo de alfabetização escolar e aprendendo a ler e a escrever.
Brincando de espelho
Para desenvolver análise linguística, a atividade de oralidade é uma boa aposta! A objetivo é projetar no quadro uma parlenda, de modo que a turma recite e imite, com gestos e movimentos que exploram o ritmo do texto.
A ação tem o potencial de contribuir para a memorização das palavras e de suas derivações. Assim como a percepção melódica delas. Como a diferença prática entre a consoante “m” e “n”, por exemplo.
Jogos de memória
Outra proposta excelente é uma atividade para o desenvolvimento da leitura e escrita é construir um jogo da memória. Para a construção do jogo, o educador deve criar um par de cartas para cada estudante: uma contendo sua foto e a outra contendo seu nome.
Depois, o professor pode pedir que a turma colabore coletivamente na elaboração da atividade, principalmente, colorindo as cartas.
A ideia da ação é que os estudantes, a partir da junção de todas as cartas, possam relacionar as imagens aos seus respectivos proprietários, de modo a aprender como é a grafia do seu nome e dos colegas da sala.
Refletindo contextos
Outra atividade de alfabetização para que o estudante comece a refletir sobre como as palavras podem ser semelhantes e como podem ser usadas de diversas maneiras, é explorar o contato com elas através da imaginação, com o uso de desenhos animados, fantoches ou músicas.
Para isso, diferentes frases com lacunas podem ser destacadas com a possibilidade de que o estudante as complete a partir das palavras que mais fizerem sentido.
Trazer o destaque de uma frase dita na produção de um desenho animado, por exemplo, que combine o uso da mesma palavra para diferentes ações, pode facilitar o processo de produção de sentido.
Educador, quer saber mais como trabalhar a leitura no processo de alfabetização do seu estudante? Então, não deixe de ler aqui no nosso blog, o texto sobre Como trabalhar leitura na alfabetização.
Como trabalhar a alfabetização em sala de aula?
Para trabalhar a alfabetização é preciso ter em mente que alfabetizar é um exercício diário! E o processo se desenvolve no e com o contexto sociocultural de cada criança.
Por isso, é necessário que as práticas alfabetizadoras promovam situações de leitura com os mais variados contextos que cercam nosso cotidiano como: os livros, revistas, gibis, receitas, correspondências e etc.
É importante também que, nessa diversidade, sejam abordados todos os gêneros da escrita, como os informativos, os contos, os instrucionais, entre outros, para que as crianças se apropriem e criem sua autoria transitando entre diferentes contextos de leitura.
É importante achar o ponto de encontro entre o planejamento escolar e o repertório. Isto é, o conhecimento prévio das crianças, para então desenvolver as atividades que façam sentido para esse momento inicial de aprendizagem da língua escrita.
Principalmente porque as atividades escolhidas devem trazer sentido e ampliar o repertório de significações destas crianças, por meio da escrita.
Uma vez que não existe texto sem contexto, não existe aprendizagem autônoma da escrita desvinculada de sentido e interpretações produzidas pelo aluno-autor que está descobrindo sua escrita.
Por que usar jogos para alfabetização?
Os jogos e a gamificação são metodologias ativas que estimulam a inovação e a criatividade no processo de alfabetização. Trazem ainda uma dinâmica prazerosa e lúdica que chamam a atenção e cativam as crianças, tornando a aprendizagem leve e divertida.
São recursos potentes que geram engajamento e participação ativa da turma, com relação às atividades de alfabetização que estão sendo propostas.
Assim, os jogos e a gamificação podem ser usados na alfabetização principalmente porque tendem a estimular a experiência, a exploração e a curiosidade. De modo a deslocar o estudante a um papel de protagonista do seu aprendizado.
Uma vez que diversas habilidades e competências cognitivas e socioemocionais podem ser desenvolvidas no âmbito individual e coletivo da turma.
Agora conheça 8 atividades de alfabetização
Bingo de palavras
O bingo de palavras tem o propósito de fazer com que os estudantes explorem as palavras e a leitura. Em uma folha, destaque 20 palavras.
Em uma segunda folha, deixe apenas dez espaços para que eles escolham as que forem de sua preferência a fim de formar um cartão de bingo.
Depois, faça o sorteio. No primeiro momento, pode ser mais desafiador que as palavras sorteadas estejam em letra cursiva. O que vai estimulá-los a ler e associar as letras em suas várias possibilidades.
Para marcar as palavras sorteadas, os estudantes podem usar sementes de feijão ou pequenas bolinhas de papel.
Leitura compartilhada
Que tal reunir a turma em uma grande roda de leitura? Mas antes, nossa sugestão é fazer uma votação entre, pelo menos, três livros mais amados por eles.
Cada aluno deve ter o livro digital ou físico em mãos e cada um deve ter a oportunidade de ler um trecho da história.
Essa prática, além de possibilitar um exercício da oralidade, permitirá que você, educador, consiga perceber quais dimensões do processo de aprendizado da leitura, escrita e compreensão ainda precisam ser mais aprofundados.
Explorando histórias ou cantigas
A partir da leitura compartilhada, outras atividades de alfabetização podem ser desenvolvidas. O importante é criar conexões! Se a história foi sobre pássaros, por exemplo, você pode explorar as palavras dentro desse nicho: voar, asas, céu, árvore, etc.
Traga as características que a narrativa aborda no livro e peça que sejam colocadas em categorias.
Veja, se a história se passa em uma floresta, quais elementos devem ser colocados na categoria floresta? Além de trabalhar a leitura, oralidade e escrita, você, educador, também estará provocando a compreensão e interpretação textual.
Nuvem de palavras
É possível que haja diversas variantes dessa atividade! Mas a proposta aqui é trazer o contexto familiar para dentro da sala de aula, promovendo a reflexão sobre pessoas e objetos que fazem parte da vida dos estudantes.
Para iniciar, uma pergunta provocadora pode ser disparada, como: quais objetos vocês mais usam em casa?
Escreva partes dessas palavras no quadro, estimulando que cada aluno complete a palavra que citou. O mais importante é que, para além do desafio da proposta, o estudante se sinta apoiado pela turma, a fim de criar um ambiente acolhedor caso haja erros e dúvidas.
Explorando a sonoridade
Os textos de memória, cantigas de roda como “sapo cururu” e “borboletinha”, por exemplo, são boas opções quando consideramos a hipótese dos níveis de escrita pré-silábico e silábico.
Porque as crianças já os lêem antes mesmo de “ler” convencionalmente, criando suas próprias estratégias e antecipando o que pode estar escrito.
Por isso, as melodias, além de tornar o ambiente divertido e alegre, são ótimos recursos pensando no avanço da aprendizagem.
Então, peça para os alunos, em duplas ou grupos, que escrevam uma frase da cantiga para depois completá-la com as frases dos outros grupos.
Sempre nessa perspectiva de diálogo com a autoria da turma para a ampliação de repertório. Essa atividade pode servir para crianças da Educação Infantil ou do 1º ano do ensino fundamental que estejam passando pelo processo de alfabetização escolar e aprendendo a ler e a escrever.
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Para desenvolver análise linguística, a atividade de oralidade é uma boa aposta! A objetivo é projetar no quadro uma parlenda, de modo que a turma recite e imite, com gestos e movimentos que exploram o ritmo do texto.
A ação tem o potencial de contribuir para a memorização das palavras e de suas derivações. Assim como a percepção melódica delas. Como a diferença prática entre a consoante “m” e “n”, por exemplo.
Jogos de memória
Outra proposta excelente é uma atividade para o desenvolvimento da leitura e escrita é construir um jogo da memória. Para a construção do jogo, o educador deve criar um par de cartas para cada estudante: uma contendo sua foto e a outra contendo seu nome.
Depois, o professor pode pedir que a turma colabore coletivamente na elaboração da atividade, principalmente, colorindo as cartas.
A ideia da ação é que os estudantes, a partir da junção de todas as cartas, possam relacionar as imagens aos seus respectivos proprietários, de modo a aprender como é a grafia do seu nome e dos colegas da sala.
Refletindo contextos
Outra atividade de alfabetização para que o estudante comece a refletir sobre como as palavras podem ser semelhantes e como podem ser usadas de diversas maneiras, é explorar o contato com elas através da imaginação, com o uso de desenhos animados, fantoches ou músicas.
Para isso, diferentes frases com lacunas podem ser destacadas com a possibilidade de que o estudante as complete a partir das palavras que mais fizerem sentido.
Trazer o destaque de uma frase dita na produção de um desenho animado, por exemplo, que combine o uso da mesma palavra para diferentes ações, pode facilitar o processo de produção de sentido.
Educador, quer saber mais como trabalhar a leitura no processo de alfabetização do seu estudante? Então, não deixe de ler aqui no nosso blog, o texto sobre Como trabalhar leitura na alfabetização.
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