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A sala de aula é um local de aprendizado, em que o professor interage com os estudantes propondo atividades que os estimulem a aprender. Para que isso dê certo, é essencial que o docente saiba cativar os jovens por meio de uma metodologia adequada, tornando a aula prazerosa para todos, inclusive para ele. Além disso, o espaço físico e a infraestrutura de uma sala de aula também interferem no aprendizado.
Trabalho fotográfico mostra as salas de aula ao redor do mundo
Em geral, é possível identificar uma sala de aula a partir de itens básicos, como uma lousa e as carteiras dos alunos. Pelo menos é isso que sugere o fotógrafo britânico Julian Germain, na obra Classroom portraits 2004-2012 (em uma tradução livre: Retratos na sala de aula 2004-2012). Germain retrata as diferenças entre classes ao redor do mundo, por meio de fotografias das salas de aula.
A proposta artística de Julian questiona se é possível reconhecer uma sala de aula em qualquer lugar do mundo.
As fotos contemplam registros de instituições de ensino em dezenove países, incluindo o Brasil, durante o período de 2004 e 2012, como o próprio título ressalta. A proposta artística de Julian questiona se é possível reconhecer uma sala de aula em qualquer lugar do mundo, e vai além: abrange uma outra questão que corresponde a maneira pela qual a infraestrutura de uma classe pode afetar o processo de aprendizado e também a lógica inversa, ou seja, como o ambiente cultural no qual a escola se insere afeta diretamente a sala de aula.
Isso porque, as diferenças entre as salas sugerem impressões acerca da organização e da metodologia da instituição; se é mais, ou menos ortodoxa, se usufrui de recursos tecnológicos, se aparenta desenvolver atividades mais lúdicas… Esses fatores, de certo modo, parecem refletir nas expressões dos alunos e são nada mais do que um resultado do padrão de ensino de um determinado país e da cultura local.
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Salas de aula e memória histórica
O trabalho do fotógrafo britânico aponta também marcas de regimes políticos por meio de fotografias de autoridades na parede da sala, e também pelo uniforme militar das crianças. Sem contar com a discrepância entre os números de alunos por sala e divisão entre os sexos.
Em alguns dos retratos, como o do Brasil, o espaço de ensino é violado por palavras pichadas nas carteiras e até nas paredes, uma forma de mostrar a dispersão do aluno e a falta de respeito com relação ao local.
Salas de aulas e relações sociais
O trabalho do Classroom portraits 2004-2012 convida as pessoas a enxergarem a sala de aula além do espaço físico e fazer uma análise do local como um ambiente, o que engloba relações entre o estudante, o professor, processo educacional, e contextos culturais e econômicos.
Tal análise pede um olhar minucioso sobre fatores que parecem irrelevantes, como o posicionamento das mesas, as cores que enfeitam a sala de aula e outros detalhes associados à organização do espaço, mas que transformam as horas recorrentes no ambiente escolar em momentos agradáveis ocorridos em um recinto confortável e propício para o aluno aprender.
A lógica organizacional em sala de aula pode ser o diferencial no processo de aprendizado. É em decorrência disso que novos conceitos de organização do âmbito escolar são criados.
Um exemplo de modelo inovador é o chamado Flipped Classroom, ou Sala de Aula Invertida, que repensa não só a disposição das carteiras, mas também a metodologia de ensino tradicional em que a sala de aula é o centro de informação para o jovem.
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