Obs...
leitura
5 min
A Semana de Arte Moderna de 1922 completa 100 anos nas próximas semanas. O evento, que reuniu manifestações artísticas como poesias, esculturas e palestras, inaugurou o movimento modernista brasileiro e é um marco na história do Brasil.
O que foi a Semana de Arte Moderna de 1922?
A Semana de Arte Moderna de 22 aconteceu no Teatro Municipal de São Paulo, entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922.
Durante a semana, cada dia representou um viés cultural: pintura, escultura, poesia, literatura e música. O evento, que se tornou uma referência da produção artística e cultural do século 20, marcou o início do modernismo no Brasil.
E o que representa o modernismo?
Junto ao movimento modernista aconteceu uma verdadeira revolução nas artes e literatura. Houve a renovação da linguagem, muita experimentação e uma liberdade criadora que rompeu com movimentos anteriores.
O evento da Semana de Arte Moderna ficou marcado por apresentar novas ideias e conceitos artísticos, como a poesia através da declamação, a música por meio de concertos e a arte plástica exibida em telas.
A importância da literatura na Semana de Arte Moderna
Um dos principais focos da ruptura com a ordem estética da época era no campo da literatura, especialmente da poesia. Naquele período, os artistas do Brasil estavam entrando em contato com o futurismo italiano e toda produção modernista da Europa.
Na movimentação da Semana de Arte Moderna de 1922, temos grandes escritores brasileiros como os princiais nomes do movimento. Entre eles: Oswald de Andrade, Manuel Bandeira e Mário de Andrade.
O movimento inagurou ainda novas formas de literatura e escrita. A produção literária rompeu com os padrões da época e trouxe novos estilos, com maior liberadade de texto e experimentação.
Dicas de leitura sobre a Semana de 1922:
Confira 7 livros para trabalhar a semana de 1922 e seus expoentes na sala de aula, de acordo com o segmento escolar:
Anos Iniciais (1º a 5º ano)
1 - Cecília Meireles - Autora: Carla Caruso
Cecília Meireles foi uma das grandes poetas da arte moderna brasileira. Com sensibilidade e ilustrações delicadas, o livro mostra ao leitor como era Cecília quando criança, e depois, quando mais velha. Uma garota inteligente, que gostava de música, histórias e, claro, de poemas.
2 - Villa-Lobos - Autora: Nereide S. Santa Rosa
Neste livro, a infância de Villa-Lobos é descrita como uma uma deliciosa experiência de sensações em relação à música, pois, desde muito pequeno, este mestre do Modernismo no Brasil sentia intensamente a música e encontrava nela a oportunidade de expressar tudo aquilo que via e vivia.
Anos Finais (6º a 8ºano)
3 - Um dia para não esquecer - Autora: Patrícia Engel Secco
A divertida história, que tem Tarsilinha ainda adolescente como um dos personagens, se passa em um museu de arte moderna, onde inesquecíveis encontros estão prestes a acontecer. O texto, leve e animado, é baseado na vida e obra de Tarsila do Amaral, uma das mais importantes pintoras brasileiras e ícone do modernismo brasileiro.
4 - Portinari - Autora: Nadine Trzmielina
Este livro apresenta a história de Cândido Portinari com imagens das obras realizadas ao longo de sua vida. Ainda criança, Candinho já demonstrava sua vocação rabiscando o chão de terra. Portinari é considerado um gênio da arte moderna brasileira.
Ensino Médio
5 - A Hora da Estrela - Autora: Clarice Lispector
Considerada uma das obras mais importantes da 3º fase do modernismo, neste livro acompanhamos Macabéa, migrante nordestina que se muda para o Rio de Janeiro para ocupar a vaga de datilógrafa. Assim como as outras obras de Clarice, o livro pode promover debates interessantes na sala de aula.
6 - Macunaíma em quadrinhos - Autor: Mário de Andrade
Macunaíma é um dos romances mais importantes da literatura modernista brasileira. A proposta desta obra, no entanto, é apresentar o texto de Mário de Andrade com o auxílio de quadrinhos, promovendo uma nova experiência de leitura.
7 - Paulicéia Desvairada - Autor: Mário de Andrade
Primeira obra modernista brasileira, Paulicéia Desvairada é uma excelente obra para introduzir a estética modernista e também debater a cidade que tanto o encantou e que sediou a semana de arte moderna de 1922.