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Convidamos os especialistas Roberta Bento, da SOS Educação, e Marcos Piangers, autor de “Meu papai é pop”, além da coordenadora escolar Fernanda Cordeiro, para um papo sobre a relação entre escola e família na pandemia.
Confira os principais pontos da mesa “Escola e casa: a relação família e escola na pandemia”, que aconteceu no congresso para educadores Conversas que Transformam!
Por que precisamos falar sobre família?
Para o autor Marcos Piangers, falar sobre família transforma o mundo, porque falar sobre família é falar de afeto. Ou seja, nós deveríamos falar mais sobre as famílias porque as relações familiares nos afetam profundamente por toda a vida. Mas onde é que a escola entra nessa equação?
A importância da família no acompanhamento escolar
O acompanhamento escolar é fundamental. Entendemos que sim, a vida escolar é permeada por desafios. Por exemplo, não é fácil passar pelo processo de ser alfabetizado.
Porém, a especialista Roberta Bento ressalta que a presença ativa das famílias é decisiva para suavizar esse processo. Fornecendo para as crianças e os jovens ferramentas que os ajudarão a passar por esses e pelos próximos desafios: paciência, persistência, capacidade de superação, entre outras.
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O papel da escola nessa relação
Quando recebemos uma criança na escola, nós não estamos recebendo somente esta criança. Nós estamos recebendo a família da criança também, comenta Fernanda Cordeiro. Entender a criança como parte de um todo é entender as individualidades e história dessa criança. E assim respeitar as subjetividades de cada um. Quando pensamos em escola, não podemos excluir os pais e familiares. Afinal, eles devem integrar a comunidade escolar.
É necessário também que o vínculo seja contínuo e que haja um respeito mútuo. Nesse sentido, o trabalho da gestão escolar é de estar em constante diálogo com as famílias. Assim, buscando compreender juntos qual é o melhor percurso escolar para cada criança. Ou seja, os pais devem estar presentes no ambiente escolar, mas a escola também tem a missão de acolhê-los, mantendo as portas abertas.
Como manter esse contato durante a pandemia?
O ambiente escolar foi um dos que mais sofreu alterações com a pandemia. Pais, alunos, professores e gestores se viram obrigados a encontrar soluções imediatas em meio a uma situação excepcional. Sabemos que não é fácil, mas Roberta Bento ressalta que é neste momento que essa relação precisa ser ainda mais estreitada.
A família precisa ser o ponto de equilíbrio dos estudantes. Ou seja, pais e familiares devem atuar como ponte entre a escola e o aluno, estimulando seu engajamento, buscando encontrar novas soluções conjuntamente à escola.
Desta forma, a presença dos pais se faz ainda mais urgente, ainda que de forma virtual. São os pais e familiares que vão fornecer as ferramentas para que esse momento, seja de ensino remoto ou híbrido, aconteça de maneira mais tranquila.
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Tecnologia como aliada das famílias
Outro ponto comentado é a importância da tecnologia, principalmente neste momento. Os pais tendem a acreditar que a tecnologia é um inimigo a ser combatido.
Porém, para o autor Marcos Piangers esta não é a questão. Para ele, a tecnologia tem sido a ponte entre o mundo e seus filhos, e também entre a escola. Desta forma, limites devem ser impostos, mas sem excluir a tecnologia completamente.
Por fim, Roberta ressalta, não houve troca de papéis. Pais não devem agir como professores e professores não devem agir como pais. Afinal, cada um possui sua função dentro da vida da criança.
Ademais, há um consenso entre os convidados de que o respeito que os pais têm pela escola e pelos professores, é refletido no respeito que a criança terá também. Desta forma, é essencial que os pais estejam presentes, atentos e abertos para se conectar com a comunidade escolar.
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Confira a conversa na íntegra: