Obs...
leitura
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Você já reparou que lemos tirinhas interpretando as imagens, os sorrisos e caretas dos personagens? E que olhamos os balões com frases curtas e muitas vezes apenas com onomatopeias, do tipo Zummmm, Smack, Tóimmm… E entendemos tudo? E quando os balões só vêm com aquelas bolinhas, que nos fazem entender que é pensamento e não fala? Não é bacana?! É uma linguagem específica dos quadrinhos, que pode ser encontrada nos jornais, nas revistas, e em livros como o da Mafalda, por exemplo.
As estratégias de leitura descritas acima são próprias desse texto, e nos fazem identificar que nosso movimento de leitura deve unir a imagem ao que está escrito. Além disso, nos remete também a uma leitura mais deleitosa, de diversão, de poder dar risada!
O que aprendemos quando lemos romance?
Mas e se a nossa vontade for ler um romance? Um livro que narra uma história de aventura e amor, que escolhemos por que adoramos o autor e o seu jeito de contar, de forma poética, os sentimentos dos personagens? Aí, dessa vez, acionamos novas estratégias de leitura.
Nessa situação, o movimento do olhar muda, o envolvimento com a história é mais duradouro e nossa expectativa em relação ao texto também é modificada. A situação de produção é outra, assim como a intenção. Os autores escreveram pensando que aquela sua história iria para um livro e não para um jornal ou uma revista.
Isso tudo muda nossa relação com o que vamos encontrar. O texto nos contará a história, e as imagens, dessa vez, nós criaremos em nossas mentes! Quantas vezes já não lemos um livro, inventamos os rostos e cenários daquela narrativa e, em seguida, o cinema vem e lança o filme dessa sua história preferida e… Surpresa: os personagens e cenários são outros…! Muitas vezes adoramos e preferimos aquela versão do cineasta, mas outras vezes pensamos: meu herói era mais valente e bonito! Esse é o encanto dos romances contados em livros!