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Quem canta, encanta e semeia alegria! A música pode potencializar práticas de escrita e leitura na sua escola. Veja a seguir.
Por que utilizar a música para trabalhar leitura e escrita?
Educadores e gestores escolares trabalham incansavelmente para ampliar e criar oportunidades de aprendizagem diversificadas. E elas passam pelo incentivo de habilidades de comunicação pela via da palavra.
Formar leitores, desenvolver habilidades de escrita e ampliar o repertório da turma são desafios cotidianos. Seja em sala de aula como em outros espaços da escola.
O contato com diferentes linguagens ajuda a superar esses desafios? Como tornar o aprendizado dessas habilidades mais conectado com a vida de cada estudante? Partir da música para trabalhar leitura e escrita é uma excelente alternativa.
O contato com a música para trabalhar leitura e escrita contribui para ampliação de vocabulário, da compreensão ortográfica, de construção de repertório. Além de estimular a criação de um universo criativo e imaginativo em sala de aula.
Para estudantes, ele ainda amplia possibilidades sensoriais e contribui para novas conexões cerebrais. Ouvir música, cantar e tocar um instrumento, fazendo diferentes experimentações sonoras, traz ganhos profundos.
A BNCC, por exemplo, evidencia nas competências gerais, como a de repertório cultural e artístico, e habilidades diversas no campo da Linguagem, o potencial e a importância da música na ampliação de repertório de crianças e adolescentes.
Como diz o ditado popular, “quem canta, seus males espanta!”. Trabalhar com música em sala de aula ainda ajuda a construir um ambiente alegre, seguro e divertido. E esse ambiente pode engajar bem mais estudantes de todas as faixas etárias.
Como incentivar a leitura a partir da música?
MPB, Forró, Rock, Rap e mais! Os estilos são variados e essa multiplicidade de gêneros e possibilidades torna a música uma linguagem capaz de se conectar com diferentes gostos, idades e realidades.
Em sala de aula, é bom apostar na diversidade de elementos da música para trabalhar leitura e escrita. Como a letra da canção, a construção rítmica e melódica, a relação música e autor(a) e a intertextualidade com outras obras.
Por exemplo, nas situações de aprendizagem onde um livro será lido, que tal partir de uma música para a sensibilização da turma? A análise da letra pode ser um dos primeiros passos da atividade e levar a outros aprofundamentos da leitura depois.
Ela pode também originar oficinas, saraus e mostras na escola. Além de projetos de leitura com letras de músicas ou concursos literários. Já pensou em promover um projeto interdisciplinar de leitura, com a produção final de uma música pelas turmas?
Não há limites para mobilizar a música para trabalhar leitura e escrita na escola! E não há empecilhos na aplicação dessas estratégias pedagógicas nos mais variados anos escolares. Da criança ao jovem, o contato com a música é muito valioso!
Na neurociência, já há muitas evidências científicas da importância da música no desenvolvimento cerebral de crianças em diferentes fases da aprendizagem. Vamos saber mais sobre esses benefícios?
Música na alfabetização: ritmos, sons e palavras
Em diferentes momentos da formação de uma criança, o contato com a música é muito importante. Na alfabetização, ele é capaz de promover significativos avanços e estímulos cognitivos, sensoriais e motores.
Nas crianças em fase de alfabetização, a música para trabalhar leitura e escrita contribui para o contato com padrões de linguagem. Além de trabalhar a ampliação de vocabulário, construção da percepção narrativa e compreensão ortográfica.
E mais: a música pode ajudar na construção da consciência fonológica e rítmica, importante na descoberta das palavras. Também são grandes os benefícios ligados à memória e a atenção que a música traz.
Nessa fase, mobilizar a música para trabalhar a leitura e escrita também estimula a imaginação e a capacidade de, gradualmente, ampliar as possibilidades de pensamento sobre o cotidiano e se conectar com as histórias ouvidas e compartilhadas na escola e em família.
Que tal incentivar as crianças a cantar músicas de roda ou paródias que elas gostam? Ou a dançar suas músicas favoritas inventando diferentes movimentos?
E ainda: e se a turma brincasse de identificar as músicas tocadas em sala? Ou se fizesse uma oficina para criar instrumentos musicais de papelão e brinquedo? E se inventasse outras formas de cantar as mesmas músicas? Hora de criar!