Obs...
educacao
5 min
Os jogos sempre estiveram na vida das pessoas e em sala de aula. No entanto, com o avanço da tecnologia, as formas de aprendizagem utilizando estes elementos se transformaram. Os antigos jogos de tabuleiro ou cartas, então, deram espaço aos modelos digitais, incluindo os videogames e os desenvolvidos para computadores e smartphones.
Com isso, uma grande oportunidade surgiu para os educadores e, com elas, algumas questões: como utilizar jogos digitais em sala de aula? Como aliar games e educação?
Confira, nesse artigo, dicas e exemplos que podem ajudar a sua gestão escolar com a questão dos games na escola. Boa leitura!
Qual é a importância dos games na educação?
Um game pode ser jogado sozinho ou em grupo, seguindo regras e envolvendo habilidades como força, raciocínio lógico, ou até mesmo sorte. Essa estrutura está muito presente no dia a dia escolar, principalmente quando nos deparamos com atividades que requerem que os estudantes superem obstáculos e atinjam metas.
No dia a dia, eles também precisam elaborar soluções para desafios, conquistando pontos para avançar em uma determinada missão. Por isso, o educador que utiliza essa abordagem em sala, seja de forma tradicional ou com o suporte de ferramentas digitais, está intuitivamente adotando um processo de gamificação.
Em outras palavras, por meio da utilização de jogos na educação, a instituição de ensino aplica elementos da dinâmica dos games nas atividades do cotidiano. Com isso, o aluno expande os horizontes pedagógicos por meio de atividades motivadoras e divertidas.
Leia também: Gamificação na educação: como usar para engajar seus alunos?
Gamificação em sala de aula: quais são os benefícios?
O poder dos jogos no ambiente educacional pode ser grande, e normalmente envolve quatro pontos principais. Uma vez que eles influenciam diretamente a aprendizagem, podem ser considerados como vantagens dessa iniciativa:
1. Desafios de vários níveis
É o conhecido “passar de fase”. Após cumprir determinado desafio, o jogador é recompensado com a ida para outra fase, mais complexa e com aventuras diferentes.
O mesmo ocorre em jogos que premiam com medalhas e selos: o jogador pode se sentir motivado pelo desafio de conquistar um selo muito difícil ou escasso, e assim continuar sua jornada pelo jogo.
2. Compreensão de narrativas
A grande maioria dos jogos é baseada em narrativas, ou seja, histórias fictícias (ou nem tanto!) sobre as quais a ação irá se desenvolver. Nesse sentido, um contexto é apresentado ao jogador:
tempo histórico;
local em que se passa a narrativa;
personagem principal (quem é ele: um herói, um conquistador, uma pessoa comum que terá que passar por grandes desafios?);
a situação problema que deve ser solucionada (o que precisa ser conquistado e por quê? Há restrições de recursos para atingir o objetivo?).
Para ter um desempenho satisfatório, o jogador deve compreender a narrativa de maneira suficientemente clara e, a partir disso, “entrar” na história. Ele precisa sentir que pode ser o personagem do jogo, o protagonista nesta história.
3. Personalização
Para aumentar ainda mais a sensação de pertencimento e protagonismo, os jogos trabalham normalmente com avatares, ou seja, figuras que representam o jogador. Esses personagens são controláveis e, de acordo com o game, podem ser personalizados como quisermos.
Ao desenvolver seu avatar, o jogador pode fazer uma espécie de autorretrato ou criar uma identidade nova. Ambas as alternativas são úteis, desde que o aluno sinta-se parte integrante do jogo, aumentando o processo de identificação com a narrativa.
Leia também: Inteligência artificial na educação: como funciona?
4. Recompensa em desenvolver habilidades
Cada jogo demanda habilidades específicas para o cumprimento das metas, como no mundialmente famoso“Minecraft”. Nesse game, os jogadores estão imersos em um mundo comum, proporcionado pelo jogo. Porém, suas ações em tal ambiente variam de acordo com a vontade e a bagagem que cada jogador carrega.
Assim, quem for mais hábil na construção terá uma casa melhor. O que for mais habilidoso na caça e na exploração terá itens mais difíceis de serem encontrados e assim por diante. Ao aprimorar competências específicas para completar os desafios, o aluno vai também se formando para outros contextos de vida.
Leia também: Games e educação sob a perspectiva da neurociência