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São muitas as atribuições de gestores escolares. Dentre elas, está a administração orçamentária e a prestação de contas de instituições de ensino.
Para facilitar esses desafios, no post de hoje vamos abordar:
a importância da dimensão financeira da escola para a gestão;
os principais indicadores financeiros de escolas particulares;
e 4 ações importantes para manter a saúde financeira da sua escola.
Vem com a gente!
A importância da dimensão financeira da escola para a gestão
Para entendermos as diferentes dimensões da gestão escolar, é interessante sempre lembrarmos das funções e objetivos principais de uma escola. A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) estabelece o seguinte:
“A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.”
Um dos caminhos para garantir essa Educação de qualidade é gerir de modo eficiente a dimensão financeira da escola. Ao registrar e analisar dados financeiros, gestores escolares podem identificar padrões de gastos, otimizar recursos e direcionar investimentos para áreas prioritárias.
Consequentemente, a dimensão financeira sustentável torna viável o cumprimento de compromissos salariais, investimentos em infraestrutura e aquisição de materiais didáticos.
É importante notar, ainda, que essa esfera da gestão escolar deve ser fruto de um trabalho em equipe.
Nesse sentido, gestores escolares devem conhecer e acompanhar indicadores financeiros se apoiando no auxílio e expertise de bons contadores.
Clóvis Padoveze (2006), autor de Introdução à Contabilidade, resume essa relação do seguinte modo:
“A importância da contabilidade está na necessidade de mensuração do lucro para avaliação do retorno dos investimentos. (p. 30)”
O autor também explica que são esses profissionais que atuam no registro do balanço patrimonial de um negócio (bens e direitos da instituição). Além disso, eles monitoram as contas de resultados, com as receitas e despesas de cada período.
Gestor, caso você atue em uma de nossas escolas parceiras, pode acessar o título na íntegra na plataforma Árvore. Vale a leitura!
Quais os principais indicadores financeiros da escola?
Indicadores financeiros consistem em um conjunto de métricas. Tais dados ajudam os gestores a avaliar o desempenho financeiro da instituição, identificar áreas de melhoria e tomar decisões informadas.
Os dados abaixo são excelentes parâmetros para avaliar a dimensão financeira da escola.
Ticket médio
O Ticket médio é o resultado da soma das matrículas ativas dividido pelo número de estudantes matriculados. Esse cálculo indica a média de receita gerada por cada aluno.
Retorno sobre investimento
Já o Retorno sobre investimento, como o nome indica, aponta se os custos aplicados em melhorias estão gerando lucros ou prejuízos.
Essa métrica pode ser utilizada, por exemplo, para averiguar a efetividade de campanhas de marketing para turbinar as matrículas.
Inadimplência
A temida inadimplência consiste em mensalidades parcial ou totalmente atrasadas. Isso afeta diretamente a receita da escola.
Para evitar esse problema, é crucial manter um sistema de cobranças eficiente, preferencialmente apoiado por softwares de gestão.
Além disso, é preciso ter empatia com as famílias que porventura estejam enfrentando dificuldades financeiras. O melhor caminho para isso é o diálogo franco e acolhedor. Cabe à gestão, ainda, calcular a possibilidade de oferta de bolsas, parcelamentos, ou meios alternativos de pagamento.
Leia mais: Como reduzir a inadimplência escolar?
Churn (cancelamento de matrículas)
Também é preciso ter um olhar atento às métricas de churn ou cancelamento de matrículas para analisar a dimensão financeira da escola. Para isso, a gestão deve acompanhar continuamente o clima escolar.
Pesquisas rápidas internas e relatórios de reuniões com pais e responsáveis são bons termômetros para contornar objeções e insatisfações que possam surgir ao longo do ano letivo.
Além disso, para equilibrar as contas é importante antecipar potenciais matrículas inativas no ano seguinte.
Custo de Aquisição por Cliente (CAC)
A captação de novos alunos também depende de investimentos financeiros em ações de vendas e marketing.
O Custo de Aquisição por Cliente é a média de custos utilizados para fechar cada matrícula nova.
Para calcular esse gasto, deve-se dividir os valores usados em ações que visam ao aumento de estudantes matriculados pela quantidade de famílias que efetivamente fecham o contrato.
Margem de contribuição
A margem de contribuição, por sua vez, é calculada subtraindo os gastos da receita total da escola.
Esse índice demonstra, portanto, se o faturamento de um período está cobrindo os valores necessários para manter o funcionamento da instituição.
Ademais, é essa métrica que determina o ponto de equilíbrio nas finanças da escola. Tal ponto consiste no mínimo de receita que deve ser gerada para cobrir despesas fixas e variáveis.
Índice de Liquidez
Igualmente relevante é o Índice de Liquidez, que é o conjunto de dados que indicam a capacidade de pagamento de despesas recorrentes.
Ele se refere a passivos financeiros circulantes. Isso significa que envolve pagamentos de curto prazo, tendo em vista os ativos a receber ou já disponíveis em caixa.
Receita Mensal Recorrente
A Receita Mensal Recorrente é a soma de todas as mensalidades pagas mês a mês. Esse é um ponto essencial para avaliar a dimensão financeira da escola. A previsão desse valor é feita com base nas matrículas ativas de famílias pagantes.
Rotatividade de funcionários
Já a rotatividade de funcionários, também conhecida como “turnover”, consiste na saída e entrada de novos trabalhadores na escola.
Se esse índice estiver alto, especialmente em períodos curtos de tempo, convém reavaliar o clima organizacional da escola e as relações de trabalho.
Quanto mais valorizados e respeitados os profissionais envolvidos na rotina escolar, menor o fluxo de rotatividade. Consequentemente, menores os gastos com demissões e contratações.
7 principais ações da dimensão financeira da escola
Para propiciar maior estabilidade e previsibilidade financeira, gestores escolares devem se atentar à eficiência em algumas tarefas.
A dimensão financeira da escola envolve:
o gerenciamento do orçamento da escola, tendo em vista as receitas e despesas;
o controle do fluxo de caixa (entrada e saída de dinheiro);
a cobrança de mensalidades e eventuais taxas de modo transparente;
a criação de um protocolo com estratégias para lidar com a inadimplência e evitá-la;
a redação de relatórios acessíveis de prestação de contas sobre os recursos captados;
o estabelecimento e monitoramento de um fundo de reserva para suprir eventuais emergências;
e a alocação de recursos para melhoria da infraestrutura e salários das equipes.
Esperamos que esse conteúdo tenha te ajudado a entender melhor sobre a dimensão financeira da escola. Para se aprofundar ainda mais no tema, confira: Como fazer uma gestão financeira escolar eficiente? Até a próxima!