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Que atire a primeira pedra o educador que nunca ficou tão orgulhoso dos trabalhos de seus alunos ao ponto de querer publicá-los, deixando-os expostos para que todos pudessem ver. Muitas vezes, as crianças realizam produções incríveis, e é uma pena que fiquem no anonimato, guardadas em uma gaveta ou misturadas em uma pilha de outros trabalhos.
Pensando nisso, as professoras Lauriana Guttierrez e Liliana Mendes no Colégio de Aplicação João XXIII da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Minas Gerais criaram o projeto Ciberteca, uma biblioteca digital que disponibiliza os trabalhos dos alunos na internet. A proposta foi lançada em 2010 e ficou entre as finalistas do prêmio Viva a Leitura de 2016, uma premiação que reconhece as melhores experiências de incentivo à leitura.
Tecnologia para engajamento em sala de aula
Antes da Ciberteca, os trabalhos das crianças eram reunidos em um caderno de atividades. No entanto, para as educadoras, essas produções precisavam extrapolar os muros da sala de aula, possibilitando que outras pessoas também conhecessem o talento desses autores mirins. “Foi cogitada a construção de uma Biblioteca Virtual Infantil, com as produções dos alunos, tendo como diferencial um acervo produzido por crianças no processo de escolarização”, explica Lauriana.
A Biblioteca Virtual Infantil foi a primeira sementinha do projeto. Ela que surgiu inicialmente com as produções dos alunos da 3ª série, sob coordenação da professora Lauriana, com o objetivo de disseminar as produções escritas e ilustrativas que as crianças realizavam na escola. “Você escreve para ser lido”, destaca a coordenadora.
Com tempo, a Ciberteca expandiu e outros educadores da escola quiseram dar visibilidade aos trabalhos de seus alunos. "O projeto possibilitou construir novas redes, tanto de leitores quanto de produtores textuais.", conta Lauriana.
Ouça também o episódio do nosso podcast Plantando Histórias: Redes sociais no incentivo à leitura